RANCHO PRA QUEM VEM DE FORA
Seu moço que vem de fora,
que traz de bom para mim?
O meu amor não tem hora,
o meu cantar não tem fim.
Seu moço que vem de fora,
goste um pouquinho de mim.
Sei fazer colar bonito,
sei fazer versos de amor.
Sei fazer pote de barro,
sei cantar sem ser cantor.
Sei bordar o meu vestido
e esconder a minha dor.
Seu moço que vem de longe,
que tem de bom pra me dar?
Pra você eu tenho a aurora
e tenho a luz do luar.
Seu moço que vem de longe,
que tem de bom pra me dar?
Eu sou a filha mais velha,
meu saber eu vou contar.
Sei de onde vem o rio,
sei das estrelas do mar.
Sei pra onde vai a lua,
sei sempre o sol onde está.
Seu moço que vem de fora,
me responda sem pensar:
em que caminhos da vida
eu posso amor encontrar?
Se escondido nas flores
ou nas estrelas do mar.
Se nas flores, colho todas.
Se no mar, vou me afogar.
O meu amor não tem hora,
é sem fim o meu cantar.
Seu moço que vem de fora,
que tem de bom pra me dar?
Kátia Drummond
Arte: Nasuko
5 comentários:
Kátia,
Aqui posso ouvir a melodia e adivinhar a voz da moça, singela moça, que evoca o amor.
Teu poema tem rio nos olhos de lavadeira, que sabem além, que sabem a lua... ou coração num búzio de uma aldeia de pescadores.
De en[cantar], poetisa.
Um beijo, em esmero.
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Katyuscia
Que lindo Kátia , é um poema , eu ouço como musica e um cafuné na alma , bjs. Deborah
Bacana! Gostei muito
Quero voar como passaros livres das amarras que me acerca, pelos caminhos da vida.
Katia sim poesia simples feita para sonhar.
Katia segura de se mesmo brilhando como o sol do meio dia!!!
Simplesmente lindo! Tem beleza, tem lirismo, tem uma melodia própria muito rica!
Parabéns!
Muita luz!!
beijos,
Marcos Guimarães - Brasil
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