quarta-feira, 13 de junho de 2007
ANJO À-TOA
Não busque no meu corpo a carne, a chama.
Nem veja no meu rosto uma consagração qualquer.
Eu sei que sou um anjo à-toa nesse mundo.
Um tiro certo, um poço fundo,
um precipício aberto, uma mulher.
O que é que eu faço dessa sensação estranha,
que me persegue e me apanha,
e me vira pelo avesso,
que não tem fim nem começo
e me faz o que bem quer?
O que é que eu faço dessa sensação perdida,
desvairada, enlouquecida,
displicente, amargurada,
se o meu sorriso anda tão comprometido
e se a gente passa e pensa,
sem recompensa, sem nada?
Eu quero ser seu anjo,
à-toa e vagabundo,
seu mistério o mais profundo
e você vem quando quiser.
Se você quer morrer de amor,
morrer de vício,
eu quero ser seu precipício,
seu amor, sua mulher.
• Poema: Kátia Drummond
• Música: Tamir Drummond
• Arranjo, voz e violão: Sávio Drummond
• Foto: Damir Frkovic
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6 comentários:
Olá, Katiamiga, bom demais este seu espaço. Parabens. Indicarei nas minhas páginas.
Beijabrações
www.luizalbertomachado.com
Olá Katia, vim parar no seu blog, por conta de ter passado pelo blog da Vera. Esta blogosfera... permite-nos momentos tão intensos e felizes como este que tive ao ler a sua bela poesia. Um abraço aqui de Cascais :)
Kátia
para breve estarei levando um poema seu ao Tabaris.
http://otabaris.blogspot.com
beijos
emilia
Adorei simplesmente minha querida... :)
E gostei do teu espaço. Prometo voltar
Bjinhos
Mila
Adorei querida... simplesmente
e adorei a tua casa
Prometo voltar. :)
Bjinhos
Mila
Gostei muito de ouvir a ótima interpretação do Sávio.
Beijos, Kátia
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