domingo, 18 de fevereiro de 2007


A SANTA CEIA

A mesa sempre farta
e a casa muito cheia.
O eterno ritual da santa ceia,
regado de luxúria e de prazer.
E eu, sem trono e sem coroa de rainha,
reinando, absoluta, na cozinha.
Enquanto eles se matam de comer.


Katia Drummond
Em verão português. Sintra, 2005.

3 comentários:

Sombras Somente disse...

"Eu sei que sou um anjo à-toa neste mundo."

Esse verso encontrei lá no site em uma maravilhosa composição.
Não consegui aceitá-lo.
Podes ser tudo, menos 'anjo à-toa'.
Teu ser é por demais sublime para que sejas entendida apenas como mais uma.

Desejo-te o que há de melhor.

Brisa Drummond Sjölin disse...

Seu blog está lindo e adorei o barquinho de Sávio. Até Hannah tá famosa! Hehehe... e a foto da guria! Vou salvar pra mim, sou apaixonada por aquela foto, dela com as cobrinhas.
Beijão! Piu piu piu...

Anônimo disse...

Sem palavras (minhas)... puxo uma pontinha de outro poema, assim, num fio de voz...

“A violência quica no céu
e um querubim chora
ao ver Cristo de novo
menino e menina
ainda pequenino a repetir
sem autora
sua via-crúcis na Terra”.

[Maria do Rosário Lino]

Um abraço à tua sensibilidade, poetisa.