Peregrinus
De que azul tu vieste, peregrinus?
Em que campo, em que rochas tu vivias?
Nas tundras, nos desertos, nas florestas,
ou onde escondo as minhas calmarias?
Por ti, alimentei brilhos e gozos,
sem dar-me conta de que partirias!
Tu, que habitavas todos os meus sonhos,
entristeceste as minhas alegrias…
Tu, que me abriste tantos oceanos,
arrancaste, de mim, todas as crias!
Eu já nem sei se é morte ou se é rebento,
meu alimento de todos os dias.
Se é saudade, ou são meros delírios…
Coisas de quem escreve poesias.
Kátia Drummond
Foto: Ron Erwin
2 comentários:
Recebi a dica do site de uma amiga e estou adorando. Parabéns!
Todos nós já nascemos "peregrinus"...
Mas nosso coração é sedentário no amor.
Poema que nos arranca de nós mesmos, de tão belo, Katia.
Um beijo, com ternura.
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