domingo, 24 de abril de 2011


APENAS...

Desde quando você esvaneceu,
que me dei conta de que não sou minha.

Sequer o sonho em mim sobreviveu!
Hoje eu amargo o meu sofrer sozinha.

Um cão fiel, distante do seu dono.
Perdido, em abandono, na cidade.

Como hei de sublimar essa saudade,
se até minha esperança já morreu?

Se eu sem você perdi minha metade.
Se sem você eu sou apenas eu.

Agora, em nosso ninho, alma cativa,
sublimo a dor… E finjo que estou viva.


Kátia Drummond

Imagem: Bettmann CORBIS – Falco Peregrinus alimentando filhotes. 

4 comentários:

Athos Sampaio disse...

Bonito poema, Kátia.
Triste, porém belo.

Pra mim ainda é estranho quando penso no que aconteceu com Sávio. Acho que não processei muito bem ainda.

E bonita a foto também. Esse animal é demais. Só essas listras nas pernas dele/dela, a silhueta...

Beijo!

Karla disse...

Que coisa linda, tia Kátia......não se sinta sozinha, tem muita gente que também te ama muito - todos nós.

Unknown disse...

Receba meu riso e meu abraço, amiga-mãe-peregrina! Nosso menino cá está conosco, olhando por ti e engrandecendo nossos corações com sua presença que nunca cessa! no último final de semana, estivemos, amigos saudosos, a relembrar momentos únicos vividos com ele em Ilhéus! Um abraço forte e que as flores não deixem de desabrochar em seu caminho, minha amada Pteropas! Beijo carinhoso e saudoso!

Dimitre Padilha disse...

Estou com ele todos os dias, como uma prece que se inicia nas primeiras luzes que adentram os olhos outrora fechados em sono noturno.
Ele é quem me ensina a vida, diariamente... estou reaprendendo a caminhar.
Sinta meu abraço e meu beijo.